DNa zona industrial de Abidjan, na Côte d'Ivoire, um milagre africano. Uma pequena empresa local conseguiu subir ao nível das multinacionais Danone e Nestlé. PKL, da Protein Kissèe-La, que fabrica farinhas infantis enriquecidas de soja e milho, é a primeira empresa produtora de alimentos para bebês ao sul do Saara (fora da África do Sul), número dois no mercado justo da Costa do Marfim atrás de Danone. Por trás desse sucesso, uma mulher, uma das primeiras industriais da Costa do Marfim. Sem sua determinação, é improvável que o campeão africano PKL pudesse ter suportado as Via-Sacras que a criação de um negócio na África representa.
O paradoxo africano
Marie Diongoye Konaté é uma rebelde. Os absurdos o incomodam, especialmente quando atrapalham o desenvolvimento africano. Recém-formada, engenheira e arquiteta, apaixonada pelo futebol, foi nos anos 80 que foi para o Brasil. Ainda não emergente, o país já é o maior produtor mundial de soja, açúcar e carne bovina. Acima de tudo, transforma localmente seus próprios recursos agrícolas, o que é o oposto do continente africano. “O problema da África é que exportamos o que produzimos e importamos o que comemos”, protesta. Uma prática que prejudica o desenvolvimento da agricultura local e do emprego. “Temos absolutamente que desenvolver nossos recursos locais e produzir o que precisamos para nosso consumo diário”, ela insiste.
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