IEles são vistos na mente dos marfinenses como um povo rebelde que, durante o período colonial, expressou uma recusa categórica à penetração de homens brancos em suas terras.
O povo abadário situado no sul da Costa do Marfim, cuja capital regional é Agboville, tem uma história que rima com a de forte oposição à submissão e à exploração escravista ligada à colonização. A posteridade vai se lembrar por muito tempo desta história engraçada onde em 1910, a abadia teria assassinado Rubino, um colono que após ser morto foi cortado em pedaços e depois cozido consumido para dar um aviso à administração colonial. Isso significa para os brancos que a abadia não poderia vender sua integridade e sua dignidade em nome de qualquer missão da civilização. A história também recordará que foi este povo que se opôs à mais feroz resistência à penetração colonial, resistência essa que durou mais de dez anos (1906-1916). Mas, de fato, quem são essas pessoas supostamente rebeldes que, dizem, não hesitam em expressar sua discordância, muitas vezes de forma cruel? Qual é a realidade neste caso de canibalismo em que um homem branco foi comido pela abadia na esteira do que a história agora chama de revolta da abadia? Durante uma visita a esta região, a Expressão foi buscar na fonte da informação onde a nossa equipa de reportagem pôde encontrar-se com notáveis que conseguiram recuperar os factos em toda a sua historicidade. Esses guardiões da tradição levantaram um canto do véu sobre a história do povo Abbey-Krobou e sobre o caso Rubino, que acabou dando seu nome a uma localidade desta região.
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