LAs guerras ocidentais na África estão aumentando. Em 2008, os EUA criaram o Africom, um centro de comando único para todas as suas operações militares na África. Desde então, houve a Costa do Marfim, Líbia, Mali… Sem falar na Somália e no Congo, palco de violentas guerras indiretas durante anos. Especialista em África e autor da Investig'Action of the chaos strategy, Mohamed Hassan explica as razões para estes ataques repetidos. Liderados por um Ocidente em crise, têm como pano de fundo a luta contra a China e o controle das matérias-primas. Primeira parte de uma série de três artigos sobre as causas e consequências da guerra no Mali (IGA).
O que precedeu: crise e guerra
Desde a década de 70, o capitalismo está em crise. A reação dos líderes mundiais do capitalismo na década de 80 consistiu em uma política ultraliberal e uma ofensiva ideológica amarga contra o comunismo. Na África, Ásia e América Latina, essa política foi formulada nos famosos Programas de Adaptação Estrutural (SAPs) que enfraqueceram gravemente os estados e varreram tudo o que restava de infraestrutura e serviços sociais. No mundo capitalista, todas as regras foram abolidas, especialmente no mundo bancário. Leis trabalhistas, previdenciárias e sindicais também foram questionadas.
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